domingo, 14 de dezembro de 2008

Bosque de Metal

Engrenagens Dançando,
Se encaixando
Nada sobra, nada falta
uma perfeita sinfonia

O soprano dos vapores.
o tamborilar dos motores,
Num bate, batuque,
batucada de maracatu.

Fios plastificados em cores
que se entrelaçam como flores.
Árvores transfiguradas em maquinas.
E assovios de pássaros que escapam das junções.

Como um bosque maquinado
Colorido, engrenado e centrado.
Contemplando o próprio poder de criação.
um bosque encantado de ficção.

Porem, nem mesmo no ferro soldado
pelo fogo trovão.
Na linha perfeita do produto em evolução.
Na pintura, juntura e conclusão.

Nem mesmo aquele que vê de longe,
Ou até em fotografia.
Encontra neste bosque
uma mínima faísca de brilho de vida.

E penso,
Até mesmo por ousadia.
Como uma borboleta voando
livremente desencontrada no aço.
Destruiria por completo,
Aquela agradável Visão.

Aquela Perfeição em inox e chumbo,
Harmoniosa Concentração de ferro e sucata,
De lixo,
De nada.

De falta de vida,
De falta de Valor.

.

Nenhum comentário: